Benjamin Constant

Endereço: Campo de Santana
Peça: Conjunto monumental
Data: 14 julho de 1926
Artista: Décio Vilares e Eduardo Sá
Material: Bronze


Histórico

Conjunto monumental possui autoria de vários artistas. De Décio Vilares são as estátuas da humanidade (localizada no topo), de Benjamin Constant e de sua esposa (localizadas na frente). Os diversos baixo relevos são de Eduardo Sá e de Vicente Ornelas os trabalhos de fundição. Foi inaugurado em julho de 1926 por iniciativa dos Republicanos positivistas. Situado, inicialmente, na praça em frente ao Palácio do Exercito de onde, em 1945, foi removido para o centro do Campo de Santana.

Biografia

Benjamin Constant um dos fundadores da República, é autor da divisa Ordem e Progresso da bandeira brasileira. Estuda engenharia na Escola Central e astronomia no Observatório do Rio de Janeiro, na mesma época em que ensina matemática no Imperial Colégio Pedro II. Em 1887 funda o Clube Militar, importante centro de propaganda republicana do qual se torna presidente. Em 9 de novembro de 1889 preside a sessão na qual os membros do Clube Militar decidem pela queda da Monarquia. Após a proclamação da República assume a pasta da Guerra no governo provisório e, em 1890, é aclamado general-de-brigada em comício público. Nesse mesmo ano passa a chefiar o Ministério da Instrução Pública, Correios e Telégrafos. Elabora uma reforma no ensino baseada nos princípios do positivismo, corrente filosófica que considerava a educação uma prática anuladora das tensões sociais. Morre no Rio de Janeiro.


Escultor

Décio Rodrigues Vilares

Estudou na Academia Imperial de Belas-Artes, e em 1872 foi para a Europa, onde estudou com Paul Cabanel e com Pedro Américo, em França e em Itália. Expôs no Salon de Paris de 1874 o quadro Paolo e Francesca. A sua técnica e sensibilidade evidenciam-se mais no desenho de figuras femininas. Abordou primeiro temas religiosos, tendo ganho uma medalha de ouro na Exposição oficial de 1879, no Rio de Janeiro, com um São Jerónimo, mas depois tornou-se retratista reconhecido tendo-se mostrado, nesta técnica, mais liberto dos convencionalismos.

Regressado ao Brasil em 1881, Décio Vilares trabalhou também em escultura realizando vários bustos de personagens históricas, e desenhou caricaturas para jornais satíricos. Católico, Décio Vilares converteu-se em Paris ao positivismo, tornando-se republicano, tendo pintado uma Queda do Cristianismo e uma Virgem da Humanidade para o Templo da Religião da Humanidade, a igreja positivista de Paris. O desenho da actual bandeira do Brasil, foi executado por Décio Vilares, de acordo com a ideia de Raimundo Teixeira Mendes. A sua viúva incendiou o atelier onde trabalhava tendo-se perdido uma parte importante da sua obra.

Eduardo de Sá

Eduardo de Sá (Rio de Janeiro, 1º de abril de 1866 - Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 1940) foi um pintor e escultor brasileiro. Iniciou a sua formação artística particularmente sob a direção de Vítor Meireles, matriculando-se em 1883 na Academia Imperial de Belas Artes, onde também foi discípulo de Zeferino da Costa, José Maria de Medeiros e Pedro Américo.

Estudou em Paris, na Academia Julien, tendo sido aluno de Gustave Boulanger e Jules Joseph Lefebvre. Logo em seguida este em Florença. Frequentou aulas particulares de escultura com Rodolfo Bernardelli. Raramente concorreu nas exposições oficiais, mas fazia exposições particulares, tendo feito quatro entre 1888 e 1898, esta intitulada Exposição da Arte Republicana.

Sua produção inspira-se no sentimento de amor às coisas pátrias, ou no culto do bem.Mais tarde na sua carreira passou a escultor, sua primeira obra foi o Monumento ao Marechal Floriano Peixoto, localizado na Praça da República, no Rio de Janeiro. Outros monumentos de destaque são a Tiradentes, Benjamin Constant e São Francisco de Assis. Um de seus trabalhos mais conhecidos é o restauro do escudo do teto da entrada da capela da Santa Casa de Misericórdia, no Rio de Janeiro. Era adepto das doutrinas filosóficas de Augusto Comte. Participou da decoração da Biblioteca Pública do Rio Grande do Sul, no final da década de 1910.


Histórico da pesquisa

- Arquivo da Divisão de Monumentos - Prefeitura do Rio
- Monumentos do Rio (Secretaria Municipal de Obras – 1983)
- Livro Os Monumentos do Rio de Janeiro (2015)
- Guia do Patrimônio Cultural Carioca (2014)
- http://www.arqnet.pt/portal/biografias/vilares_decio.html
- http://ymy.blogs.sapo.pt/26906.html
- http://www0.rio.rj.gov.br/fpj/
- Alex Belchior (foto)