Obelisco

Endereço: Praça Barão de Tefé
Peça: Obelisco
Data: 1843
Artista: Grandjean de Montigny
Material: Granito

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Histórico - Monumento em pedra e aço com a seguinte descrição: "Em 1843 o antigo Cais do Valongo foi alargado e embelezado, para receber a futura imperatriz Teresa Cristina que chegava para casar com D. Pedro II. A Praça Jornal do Comércio é hoje rodeada por avenidas, pelo antigo hotel Barão de Teffé, por lojas de artigos variados, bancas de jornal, bares, etc., enfim, elementos que compõem o espaço urbano na contemporaneidade. No entanto, antes dos sucessivos aterros que transformaram a configuração da cidade, essa praça era uma importante via de acesso ao Rio de Janeiro, por estar localizada na zona portuária. Desde 1565, ano de fundação da cidade, lá desembarcavam negros escravos, que formaram grande parte da população dos bairros de Saúde e Gamboa. Naquela época, o local era chamado Cais do Valongo. Em 03 de setembro de 1843, aportou no cais uma figura ilustre: Teresa Cristina, que vinha da Itália para se tornar esposa de D. Pedro II (o casamento já tinha sido realizado por procuração em Nápoles, quando a mão de Teresa Cristina foi simbolicamente entregue a D. Pedro II por meio do embaixador brasileiro da época). Grandjean de Montigny foi responsável por embelezar o cais do Valongo para recebê-la: as primeiras esculturas de mármore Carrara chegaram ao Rio para adornar o local. Além de decorado e embelezado, o cais também mudou de nome: passou a ser Cais da Imperatriz, cujo monumento marca até hoje o local onde desembarcou a terceira (e última) imperatriz do Brasil.

Arquiteto - Grandjean de Montigny nasceu a 15 de julho de 1776 em Paris. Foi excelente estudante de arquitetura e, em 1799, ganhou o prestigioso Prix de Rome, o mais importante da arte nesse momento. Como prêmio ganhou uma estadia de quatro anos em Roma, onde pôde estudar os monumentos clássicos. Depois voltou à França e trabalhou para o governo de Napoleão. Seu mais importante projeto foi a reforma do Palácio Bellevue, em Kassel, na Vestfália (Alemanha), nesse momento sob controle napoleônico. Em 1815, após a derrota de Napoleão, Grandjean teve de voltar a Paris. Como simpatizante do Imperador, porém, já não gozava do prestígio de antes. Juntou-se então ao grupo de artistas que, organizados por Joachim Lebreton e a convite do governo português, preparava-se para partir para o Rio de Janeiro, onde D. João VI e a côrte portuguesa se haviam instalado em 1808.

Fonte de pesquisa

- Monumentos do Rio (Secretaria Municipal de Obras – 1983)
- http://www.turistaaprendiz.org.br
- http://ymy.blogs.sapo.pt/275971.html