Pedro Álvares Cabral

Endereço: Largo da Glória
Peça: Estátua
Data: 1900
Artista: Rodolfo Bernardelli
Material: Bronze

Histórico - Construída em homenagem aos 400 anos do Descobrimento do Brasil, celebrados em 1900, o obra de Rodolfo Bernardelli tem um pedestal de 10 metros em granito brasileiro na folha hexagonal, onde estão ficadas esculturas de bronze de três importantes figuras da história: Pedro Álvares Cabral, comandante da frota que chegou ao Brasil em 1500; Pero Vaz de Caminha, escrivão da frota; e frei Henrique de Coimbra, capelão e celebrante da primeira missa.

Biografia - Pedro Álvares Cabral (1467? - 1520?) nasce na região de Belmonte. Muda-se aos 11 anos para Lisboa, onde estuda literatura, história, ciências, cosmografia e artes militares. No reinado de dom Manuel passa a integrar o Conselho do Rei e é admitido na Ordem dos Cavaleiros de Cristo, distinção concedida apenas a alguns nobres. Em 1500, aos 33 anos, é escolhido para comandar a frota mais bem equipada do século XV, com treze embarcações (três caravelas e dez naus) e 1,5 mil homens, na segunda expedição portuguesa às Índias. Desvia-se do caminho original – de propósito, segundo a maioria dos historiadores – e acaba por descobrir o Brasil, aportando na Bahia. Toma posse da nova terra em nome da Coroa portuguesa e envia um de seus navios de volta ao reino para levar as novas. Então, retoma a rota de Vasco da Gama em direção às Índias. Ao cruzar o cabo da Boa Esperança, quatro de seus navios se perdem. Bartolomeu Dias, navegador português que descobrira o cabo em 1488, é um dos que perecem no acidente. Cabral chega a seu destino em setembro de 1500 e assina o primeiro acordo comercial entre Portugal e Índia. Ao voltar para Lisboa, em 1501, é aclamado como herói, mas a glória dura pouco: desentende-se com o rei sobre o comando da expedição às Índias programada para 1502 e é substituído por Vasco da Gama. Não recebe nenhuma outra missão oficial até o fim da vida. Está enterrado na cidade de Santarém.

Escultor - José Maria Oscar Rodolfo Bernardelli. (Guadalajara, México 1852 - Rio de Janeiro RJ 1931). Escultor e professor. Irmão dos pintores Henrique Bernardelli (1858 - 1936) e Felix Bernardelli (1866 - 1905), deixa o México, com sua família, para fixar-se no Rio Grande do Sul, por volta de 1866. Muda-se para o Rio de Janeiro com os pais, futuros preceptores das princesas Isabel (1846 - 1921) e Leopoldina (1847 - 1871), a convite do imperador dom Pedro II (1825 - 1891). Entre 1870 e 1876, freqüenta as aulas de escultura de estatuária de Chaves Pinheiro (1822 - 1884) e de desenho de modelo vivo na Academia Imperial de Belas Artes - Aiba. Como aluno pensionista permanece em Roma de 1877 a 1884, estuda com os mestres Achille d'Orsi (1845 - 1929) e Giulio Monteverde (1837 - 1917). De volta ao Brasil é professor de escultura na Aiba, em substituição a Chaves Pinheiro. Considerado um dos reformadores do ensino artístico no Brasil, Rodolfo Bernardelli é, entre 1890 e 1915, o primeiro diretor da recém-instituída Escola Nacional de Belas Artes - Enba. Em sua gestão cria a categoria de aluno livre e o Conselho Superior de Belas Artes e propõe a edificação da nova sede na avenida Rio Branco. Em 1919, em Madri, é proclamado acadêmico honorário da Real Academia de Belas Artes de San Fernando. Em 1931, no Rio de Janeiro, é fundado o Núcleo Bernardelli em homenagem aos irmãos Rodolfo e Henrique.

Fonte de pesquisa

- Guia de Cultura do Rio de Janeiro - Editora Abril
- http://ymy.blogs.sapo.pt/331808.html
- http://www.itaucultural.org.br