General Osório

Endereço: Praça XV de Novembro
Peça: Estátua equestre
Data: 1894
Artista: Rodolfo Bernardelli
Material: Bronze

- clique na imagem para ampliá-la

Histórico - O Monumento localizado na Praça XV de Novenbro, no sítio histórico tombado federal, é obra de Rodolfo Bernardelli, inaugurada em 1894. General Osório é relacionado com a Guerra do Paraguai e a política externa do Império na região do Prata. O escultor brasileiro procurou se aproximar dos artistas europeus. Preocupou-se com o equilíbrio entre a massa da base e a estátua, assim como procurou dar ao cavalo a postura horizontal com a cabeça voltada para baixo, formando um arco e criando uma linha de tensão que vai terminar com o arco da cauda. Outro ponto constante nestes exemplos é o recurso de uma pata dianteira levantada que, além imprimir um toque elegante ao animal, dá ao monumento uma movimentação realista. Bernardelli fez uma estátua realista, com minúcias de detalhes somente perceptíveis em um exame mais próximo. Ele recusa o estilo teatral e a pose impostada, mas não faz uma estátua estática. Ela tem uma movimentação conferida, principalmente, pela pose do cavalo.

Biografia - Militar gaúcho (10/5/1808-4/10/1879). Um dos mais importantes membros do Exército imperial, participa da Guerra da Cisplatina (1825-1828), da Revolta dos Farrapos (1835-1845) e da Guerra do Paraguai (1865-1870). Nasce na vila de Nossa Senhora da Conceição do Arroio, hoje Osório. Em 1824 torna-se cadete do Exército, entrando para a Cavalaria. No ano seguinte luta na Batalha de Sarandi e é o único de seu regimento a sobreviver. Durante a Revolta dos Farrapos comanda a Cavalaria em Bagé (RS), combatendo os revoltosos. Participa da guarda de dom Pedro II e, em 1845, é eleito deputado pelo Rio Grande do Sul. Ao lado do duque de Caxias, participa da luta contra a Argentina pelo domínio da região do Prata, tendo grande atuação na Batalha de Monte Caseros, em 1852. É promovido a coronel e, na Guerra do Paraguai, a marechal-de-campo, sendo o primeiro integrante do Exército brasileiro a entrar no país inimigo. Em 1868 recebe o título de visconde e, em 1869, o de marquês de Erval. É nomeado ministro da Guerra em 1878 e morre no ano seguinte, no Rio de Janeiro.

Escultor - José Maria Oscar Rodolfo Bernardelli. (Guadalajara, México 1852 - Rio de Janeiro RJ 1931). Escultor e professor. Irmão dos pintores Henrique Bernardelli (1858 - 1936) e Felix Bernardelli (1866 - 1905), deixa o México, com sua família, para fixar-se no Rio Grande do Sul, por volta de 1866. Muda-se para o Rio de Janeiro com os pais, futuros preceptores das princesas Isabel (1846 - 1921) e Leopoldina (1847 - 1871), a convite do imperador dom Pedro II (1825 - 1891). Entre 1870 e 1876, freqüenta as aulas de escultura de estatuária de Chaves Pinheiro (1822 - 1884) e de desenho de modelo vivo na Academia Imperial de Belas Artes - Aiba. Como aluno pensionista permanece em Roma de 1877 a 1884, estuda com os mestres Achille d'Orsi (1845 - 1929) e Giulio Monteverde (1837 - 1917). De volta ao Brasil é professor de escultura na Aiba, em substituição a Chaves Pinheiro. Considerado um dos reformadores do ensino artístico no Brasil, Rodolfo Bernardelli é, entre 1890 e 1915, o primeiro diretor da recém-instituída Escola Nacional de Belas Artes - Enba. Em sua gestão cria a categoria de aluno livre e o Conselho Superior de Belas Artes e propõe a edificação da nova sede na avenida Rio Branco. Em 1919, em Madri, é proclamado acadêmico honorário da Real Academia de Belas Artes de San Fernando. Em 1931, no Rio de Janeiro, é fundado o Núcleo Bernardelli em homenagem aos irmãos Rodolfo e Henrique.

Fonte de pesquisa

- Arquivo da Divisão de Monumentos - Prefeitura do Rio
- Monumentos do Rio (Secretaria Municipal de Obras – 1983)
- http://www.algosobre.com.br
- http://www.itaucultural.org.br
- http://www0.rio.rj.gov.br/fpj/