José de Alencar

Endereço: Praça José de Alencar
Peça: Estátua
Data: 01 de maio de 1897
Artista: Rodoldo Bernardelli
Material: Bronze

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Histórico - No dia 1 de maio de 1897, a praça José de Alencar amanheceu ornamentada. A solenidade foi incluida no programa de festas em homenagem à Divisão Naval do Chile, que se encontrava em visita ao nosso país. As 15 horas ficava a estátua entregue à administração pública, mas a noite o povo não pode vê-la, porque a prefeitura  deixou completamente às escuras. O primoroso literato está sentado em um poltrona e tem por peanha um bloco de mármore cinzento, lavrado em círculo. O pedestal oferece quatro faces, onde foram enbutidos baixos-relevos do mesmo artista, representando cenas do "Guarani", do "Sertanejo, de "Iracema" e do "Gaúcho".

Biografia - José de Alencar um dos principais nomes do romantismo brasileiro na prosa, é considerado o fundador do romance de temática nacional. Ainda estudante publica os primeiros trabalhos na revista Ensaios Literários (1847-1848). Trabalha como advogado e jornalista. Em 1854 escreve crônicas no Correio Mercantil e em 1856 é redator no Diário do Rio de Janeiro. Nesse jornal lança em capítulos os primeiros romancetes – Cinco Minutos (1856) e A Viuvinha (1857). Torna-se famoso com O Guarani, publicado em folhetim também de 1857, obra que expõe as raízes formadoras da nacionalidade e a miscigenação do português com o indígena. Nesse mesmo ano estréia como dramaturgo ao escrever a peça O Rio de Janeiro – Verso e Reverso, encenada no Teatro Ginásio. Ingressa na política em 1861, sendo eleito deputado-geral pelo Ceará por quatro legislaturas. Entre os históricos estão O Guarani, Iracema (1865), considerado uma alegoria da colonização do Brasil e de toda a América pelos europeus, e A Guerra dos Mascates (1873). Sua obra regionalista inclui O Gaúcho (1870) e O Sertanejo (1875). O principal marco dos romances de temática urbana é Senhora (1875).

Escultor - José Maria Oscar Rodolfo Bernardelli. (Guadalajara, México 1852 - Rio de Janeiro RJ 1931). Escultor e professor. Irmão dos pintores Henrique Bernardelli (1858 - 1936) e Felix Bernardelli (1866 - 1905), deixa o México, com sua família, para fixar-se no Rio Grande do Sul, por volta de 1866. Muda-se para o Rio de Janeiro com os pais, futuros preceptores das princesas Isabel (1846 - 1921) e Leopoldina (1847 - 1871), a convite do imperador dom Pedro II (1825 - 1891). Entre 1870 e 1876, freqüenta as aulas de escultura de estatuária de Chaves Pinheiro (1822 - 1884) e de desenho de modelo vivo na Academia Imperial de Belas Artes - Aiba. Como aluno pensionista permanece em Roma de 1877 a 1884, estuda com os mestres Achille d'Orsi (1845 - 1929) e Giulio Monteverde (1837 - 1917). De volta ao Brasil é professor de escultura na Aiba, em substituição a Chaves Pinheiro. Considerado um dos reformadores do ensino artístico no Brasil, Rodolfo Bernardelli é, entre 1890 e 1915, o primeiro diretor da recém-instituída Escola Nacional de Belas Artes - Enba. Em sua gestão cria a categoria de aluno livre e o Conselho Superior de Belas Artes e propõe a edificação da nova sede na avenida Rio Branco. Em 1919, em Madri, é proclamado acadêmico honorário da Real Academia de Belas Artes de San Fernando. Em 1931, no Rio de Janeiro, é fundado o Núcleo Bernardelli em homenagem aos irmãos Rodolfo e Henrique.

Fonte de pesquisa

- Diário de Notícias (1946)
- http://ymy.blogs.sapo.pt/52012.html
- http://www.itaucultural.org.br